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2012 - Livro Vermelho 2013

Aristolochia odora Steud. VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 25-09-2012

Criterio: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)

Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Aristolochia odora é uma liana com ocorrência nas Matas Úmidas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e possivelmente Espírito Santo. Os dados disponíveis indicam EOO de 7.106,71 km², porém esse valor deve estar subestimado por não incluir as subpopulações de Espírito Santo. Assim é possível inferir que a EOO seja inferior a 20.000 km², colocando a espécie na categoria "Vulnerável" (VU). Sabendo que o histórico de ocupação humana na Mata Atlântica eliminou grande parte das florestas, é possível inferir que as subpopulações conhecidas componham menos de 10 situações de ameaças. O desmatamento resultante principalmente do crescimento de áreas urbanas e o plantio de monoculturas são fatores que causam o declínio da extensão de ocorrência, área de ocupação e qualidade do habitat.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Aristolochia odora Steud.;

Família: Aristolochiaceae

Sinônimos:

  • > Aristolochia odoratissima ;
  • > Aristolochia littoralis ;
  • > Howardia fluminensis ;
  • > Aristolochia glaziovii ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Popularmente conhecida como: "calunga", "jarrinha-cheirosa", "jarrinha-de-barbelas", "papo-de-peru" (Barros; Araújo, 2012).

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo (Barros; Araújo, 2012)Em São Paulo foi coletada pela última vez em 1931, podendo estar extinta neste Estado (Junior, 2002).

Ecologia

A espécie é uma liana, volúvel, terrícola (Barros; Araújo, 2012) e de porte médio (Junior, 2002).Foi coletada com flores em março a junho (exceto abril)

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade very high
Detalhes Os remanescente de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro, correspondem a 18,38% da área original do Bioma no Estado (Fundação SOS Mata Atlântica; INPE, 2011). O município de Saquarema tem 36.223ha de área, sendo 4.809ha correspondente a remanescente de Mata Atlântica (Fundação SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).

1.4 Infrastructure development
Incidência local
Severidade medium
Detalhes Na restinga de Cabo Frio, região próximo da ocorrência da espécie, estão diversas lagoas que sustentam a vegetação, pelo aporte de água no nível freático. A principal ameaça a estas lagoas é a perda de área devido à drenagem e aos aterros dos loteamentos, bem como o lançamento de lixo (Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira, 2012). Nos últimos quarenta anos o crescimento urbano vem reduzindo e fragmentando a cobertura vegetal natural do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio (Dantas et al., 2009).

1.4.2 Human settlement
Incidência local
Severidade medium
Detalhes A região do ParqueEstadual Serra da Tiririca, RJ foi ocupada por antigas fazendas do séculoXVIII, tendo passado por vários ciclos econômicos que alteraram sua vegetaçãooriginal, e, atualmente, vem sendo modificada pela ocupação humana visandoespeculação imobiliária (Barros et al., 2009).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Vulnerável" pela Listavermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre nas seguintes unidade de conservação: Reserva Ecológica Estadual de Jacarepia (CNCFlora, 2011) e Parque Estadual da Serra da Tiririca, RJ (Barros; Ribas; Araujo, 2009)

Usos

Referências

- DANTAS, H. G. R.; LIMA, H. C.; BOHRER, C. B. A. Mapeamento da vegetação e paisagem do município de Armação dos Búzios, Rio de Janeiro, Brasil, Rodriguésia, v.60, p.25-28, 2009.

- BARROS, A. A. M.; RIBAS, L. A.; ARAÚJO, D. S. D. Trepadeiras do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia, v. 60, n. 3, p. 681-694, 2009.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2008-2010. 2011. 122 p.

- JUNIOR, L. C.WANDERLEY, M. G. L.; SHEPHERD, G. J.; GIULIETTI, A. M. Aristolochiaceae. São Paulo: HUCITEC, 2002. 39-49 p.

- WERNECK, M. S.STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Aristolochiaceae. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.

- BARROS, F. DE; ARAUJO, A. A. M. Aristolochiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/index?mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=Root_.Angiospermas_.Aristolochiaceae_&genus=&species=&author=&common=&occurs=1&region=&state=&phyto=&endemic=&origin=&vegetation=&last_level=subspecies&listopt=1>.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2012.

Como citar

CNCFlora. Aristolochia odora in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Aristolochia odora>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 25/09/2012 - 18:30:04